Sunday, December 25, 2005

TEMPO!


Hoje me deparei com uma situação fascinante.
O tempo estava ali, em minha porta, a minha espreita. E não era um relógio me despertando com suas badaladas fortes e sonoras, era apenas o entedimento de sua não existência ou existência tão irregular e pessoal que acabando tornando-o relativo e simultaneamento tão vivo.

O tempo é um dos temas que sempre atraíram a atenção do ser racional. Trata-se de conhecê-lo, diagnosticá-lo, para dar dimensões mais amplas ao desenvolvimento pessoal. Os indivíduos precisam do tempo para sua organização em sociedade, precisam saber que horas acordam, que horas comem que horas se deitam, que horas acasalam... Acabamos por nos tornar escravos do abstrato, do confuso, do próprio instrumento relacionado ao movimento a priori mas que tende ao estado da inércia mental. A minha grande verdade é que todos nós, como catalizadores de energia, como seres emotivos pensantes a primeira instância refletimos um tipo de estímulo diferente ao que nos é vivenciado.

Conheço tantas pessoas mais velhas do que eu com mais tempo vivido trancafiadas em seu universo temporal, prisioneiras de uma realidade pré fabricada e constante, relutantes à mudanças pela falta de tempo, do tempo que elas criaram como controle de suas existências.

Conheço também a perca de tempo, o tempo que é dinheiro, o tempo de crescer, o tempo de plantar, o tempo de aprender, o tempo de ensinar, a linha do tempo...

tempos, tempos e tempos... de um universo rotativo e circular.... coisas vão e voltam, coisas vem e vão... o tempo não se mensura, se vivencia, se abstrai, se lida, se completa...

Posso dizer que não tenho tempo de estar apaixonado, não tenho tempo de relaxar, não tenho tempo pra ter filhos. A questão é... se não temos tempo pra nada, de que importa que levemos tão a sério a sua possível existência? E se a temporalidade é tão essencial por que cada minuto não é vivido com mais profundidade?

Não sou anarquista e muito menos um crítico filosofal, mas apenas penso: Se até mesmo tivemos que definir a quantidade de dias que Deus criou a Terra mesmo antes dessa terminologia existir será que consegiremos definir algum dia um tempo que não será mais um controle, mas sim uma salvação? Espero que sim, antes que o tempo nos consuma até a morte.

E ele continua passando, tempo, tempo, mano velho!

Saturday, December 24, 2005

Quantico

Tirei o resto da noite para pensar em física quantica... haha... engraçado como este tema me fascina como um gélido e refrescante copo d´água em noites quentes de verão. A física quântica é algo tão distinto que pode constituir uma ponte entre a ciência e o mundo espiritual, pois segundo ela, pode-se reduzir a matéria, de forma subjetiva e no domínio do abstracto, até à consciência - causa da intelectualidade da matéria. A consciência transforma as possibilidades da matéria em realidade, transformando as possibilidades quânticas em fatos reais. Essa consciência deve apresentar uma unidade e transcender o tempo, espaço e matéria. Não é algo material, na realidade, é a base de todos os seres. A Teoria do Campo Quântico nos diz que todas as coisas no universo são excitações no vácuo. Cada objeto é um padrão de organização de energia, que está se esvaindo. O objeto mantem sua identidade graças a estabilidade de seu padrão de organização, que impede seu colapso devido ao fluxo de suas partículas reduzindo todos nós a pequenas partículas pensantes parte de um projeto muito acima entendido pelos nossos cinco sentidos a priori....

Pensarei mais, refletirei.... e amanhã, talvez uma resposta sem pergunta e uma pergunta sem resposta... razão apenas da emoção da contradição do pensamento.

Jd



Introdução ou fim?

Relutei em instantes por criar tal ferramenta...

Saber que individuos tal e qual inseridos em um contexto social de alguma forma inerente ou atrelado ao meu possa entender minhas mentiras mais secretas, minha forma de enxergar cega, minhas discrepânicas pouco salientes ao olho nítido do reflexo...

Saber que meus textos não farão mais parte de simples guardanapos de papel jogados ao relento de meu quarto quadricular e perdidos com o tempo e esqucimento de acordo com minha bipolaridade....

Estranho o fato de que me globalizei por inteiro de uma forma que não imaginava. Mais estranho ainda ter que pensar pra escrever em um teclado qdo a caneta apenas desliza facilmente sem meias palavras ou pudor;

A verdade é que no meu entender do certo quis compreender de maneira mais concreta quem sou através de um controle das palavras que escrevo e da maneira como sou interpretado;

Não venho para elogios, críticas... como dizia a doce Clarice "Não é que vivo em eterna mutação, com novas adaptações a meu renovado viver e nunca chego ao fim de cada um dos modos de existir. Vivo de esboços não acabados e vacilantes. Mas equilibro-me como posso, entre mim e eu, entre mim e os homens, entre mim e o Deus."

é noite de Natal e eu solitário da minha solidão me ponho às ordens da abertura da minha alma e do fechamento de minha boca.

Jd

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